Autor: Joaquim Pinheiro

A deputada Cristiane Dantas usou a tribuna da Assembleia Legislativa para fazer um apelo à governadora Fátima Bezerra no sentido de que restabeleça a normalidade do programa do Leite no Estado, que segundo ela, foi reduzido em vários municípios e em outros, teve sua entrega cancelada há mais de 6 meses. “Isso é um absurdo. É não olhar para as famílias e para as crianças que precisam desse alimento importante para a nutrição e para o desenvolvimento da criança”, ressalta a deputada. Cristiane, sugere, inclusive, que o governo dispense a licitação para regularizar o programa já que se trata de uma urgência e o governo usa isso como argumento, mesmo com a governadora estando há mais de 3 anos no cargo e não resolveu esse problema. “A situação é grave e preocupante por se tratar da saúde das crianças carentes do Rio Grande do Norte que precisam do auxílio do governo”, concluiu a deputada.

O engenheiro Breno Queiroga, pré-candidato a governador do Rio Grande do Norte pelo SOLIDARIEDADE, diz considerar “medíocre” a administração Fátima Bezerra e ressalta que durante a campanha eleitoral vai desmentir a governadora, que segundo ele, tem dito que o Estado está em crise. “Ela recebeu 17 bilhões de reais em 2021, dinheiro que dava para melhorar o Rio Grande do Norte e não se sabe para onde foram esses recursos, já que no Estado não existem estradas, saúde, segurança nem educação de qualidade”, constata o pré-candidato do PODEMOS. Devido à situação de precariedade que vive o Estado, Breno Queiroga conclama os oposicionistas no sentido de unirem-se para construção de uma candidatura forte objetivando vencer o pleito deste ano. Ele observa ainda que não se constata nenhum projeto pensando num Estado grande, mas invenções pessoais que não levam a nada. No seu programa de governo que será detalhado para conhecimento da população, Breno destaca, segundo ele, dois pontos fundamentais: geração de emprego com liberdade econômica tornando o Rio Grande do Norte o melhor Estado para se abrir uma empresa e modernização da máquina pública melhorando a qualidade do serviço prestado ao cidadão, fazendo com que a máquina pública seja eficiente. O pré-candidato Breno Queiroga, que é ex-prefeito de Olho D’água e atualmente trabalha como consultor junto à Prefeituras Municipais, mostra-se receptivo ao diálogo com todos quantos queiram contribuir e unir-se para mudar o Rio Grande do Norte. “Este ano teremos uma eleição atípica onde se verifica uma candidata à reeleição com altos índices de desaprovação, demonstrando, assim, que o povo do Rio Grande do Norte não está satisfeito com a sua gestão”, concluiu Bruno Queiroga.

O empresário Raimundo Glauco está retomando seu projeto político no Rio Grande do Norte objetivando contribuir com as mudanças implementadas pelo presidente Jair Bolsonaro, segundo ele, “buscando a ética, a moralidade e a eficiência na prestação do serviço público à população brasileira”. Possível candidato a deputado federal nas eleições deste ano, Glauco diz reconhecer o trabalho do ministro Rogério Marinho, notadamente a retomada de obras inacabadas, iniciadas por governos anteriores e “irresponsavelmente” nunca concluídas. Glauco destaca ainda o trabalho da bancada federal, principalmente nos mandatos dos deputados João Maia, líder do PL e Girão Monteiro (que deverá se filiar ao PL). Dizendo que a política deve ser um instrumento do bem comum e nunca de interesses pessoais, Raimundo Glauco mostra-se otimista com o futuro do Brasil e do Rio Grande do Norte, segundo ele, pelas potencialidades, mas que precisam ser exploradas. Ex-candidato a deputado federal, Glauco conquistou a simpatia dos norte-rio-grandenses pela forma simples e fluente e objetiva como se comunicava com a população nos seus discursos durante campanhas eleitorais, chegando a ser reconhecido e elogiado por importantes lideranças políticas do Estado. O empresário Raimundo Glauco retoma a vida pública e pretende disputar uma vaga na Câmara Federal, possivelmente filiado ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro que tem como líder no Estado o deputado federal João Maia.

O ex-prefeito Carlos Alves tem um enorme desafio na próxima eleição, caso seja confirmado candidato ao Senado da República: provar que tem voto em Natal e assim contribuir decisivamente para a reeleição da governadora. Se Fátima Bezerra não conseguir sucesso no seu projeto politico-eleitoral, certamente quem será responsabilizado pela derrota da petista será o ex-prefeito de Natal, que ainda se considera o líder que nunca foi. Carlos Alves poderia até ter se transformado numa liderança importante pelas oportunidades que teve, inclusive, conselhos do pai, Agnelo Alves. Carlos Alves se achando “o cara”, nunca quis ouvir Agnelo, um político hábil, competente e matreiro. Tem um detalhe sútil na política que precisa ser observado e reconhecido: o líder nasce líder. Carlos Alves transformou-se num pseudo-líder inventado por Wilma de Faria, que depois foi traída. A provável candidatura de Carlos Alves a senador do sistema petista poderá se transformar num instrumento de vingança para desafetos dele (Carlos Alves) no momento do voto. É esperar para conferir. Fátima Bezerra que se cuide.

A governadora Fátima Bezerra tem um problema complicado para resolver no âmbito da chapa majoritária que busca a reeleição em outubro próximo. Trata-se da permanência, ou não, do correligionário Jean Paul Prates e do aliado Antenor Roberto, o primeiro na disputa para o Senado e o segundo querendo continuar vice da governadora. Jean Paul, que é um bom técnico no setor de energias renováveis, pode continuar contribuindo com o governo e qualificando o debate no Senado, entretanto, Jean está sendo “atropelado” pelo ex-prefeito Carlos Alves, que insiste para ser senador de Fátima. Várias lideranças do PT já se pronunciaram contra um acordo com Carlos Alves, alertando a governadora sobre o risco da traição. Alegam que num futuro bem próximo o ex-prefeito se voltará contra ela. O vice-governador Antenor Roberto, defensor solitário do nome de Carlos, que se cuide para defender seu próprio nome, ameaçado por Jaime Calado, que deseja o seu lugar com o argumento de que Antenor não tem voto e por isso não acrescenta nada à chapa governista, consequentemente prejudicando a reeleição da governadora. Outra avaliação: a presença de Carlos Alves afasta um possível entendimento entre PT-MDB, tendo Walter Alves como vice de Fátima Bezerra. Outra possível consequência: se Jaime não for vice no lugar de Antenor, poderá se ausentar do palanque de Fátima Bezerra acompanhado da senadora Zenaide Maia. Ele (Jaime), candidato a deputado Federal e Zenaide buscando a reeleição. Tá difícil para a governadora Fátima Bezerra administrar as encrencas dentro do seu vulnerável sistema político.