“FUTEBOL SEM MEMÓRIA”

Frase de Neymar ao ser vaiado pela torcida do Paris Saint-German.

No recente dia 12 de março, ainda ressentida com a eliminação do time na Liga dos Campeões da Europa pelo Real Madrid mesmo após a convincente vitória de 3 x 0 sobre o Bordeaux pelo campeonato francês, a torcida do Paris Saint-German não perdoou dois dos seus principais astros Messi e Neymar e os vaiou intensamente ao longo de toda a partida.
Em raro momento de reflexão na sua carreira, famosa não só pelas grandes atuações dentro das quatro linhas, mas também pela polêmica por ele criada fora delas, Neymar cunhou a frase acima para descrever a curta memória do torcedor apaixonado por seu time de coração, esquecendo num curto lapso de tempo tudo aquilo que o jogador retribuiu com conquistas e gols pelo clube.
Jogar futebol na atualidade, em que todas as suas ações são alvo de conhecimento e de opiniões nas redes sociais, muitas vezes divergentes sobre determinado tema, é muito mais ter equilíbrio na vida do que propriamente habilidade com a bola. Hoje, qualquer deslize dentro ou fora de campo, pode ser fatal para o jogador. Até mesmo um desempenho pessoal ou coletivo ruim durante uma partida pode desencadear uma onda de críticas e de insatisfação por parte de torcedores mais inflamados, podendo mesmo chegar às raias da violência. Vem se tornando frequente a agressão tanto verbal quanto física a jogadores nos estádios ou fora dele por torcedores insatisfeitos com o desempenho pessoal ou coletivo de atletas ou do clube.
Essa violência tem sido tanto maior quanto maior for a remuneração do atleta, que é cobrado por alto desempenho dentro de campo. No entanto, como se sabe, a carreira de jogador de futebol é feita de altos e baixos e nem sempre é possível manter um bom desempenho durante muito tempo. São ausências por contusões, cartões recebidos, preferências do treinador que, uma vez deixando o atleta fora de uma ou mais partidas, pode atrapalhar sua curta carreira. Não há jogador que fuja dessa realidade. Quem é o titular da posição hoje, não mais o será amanhã; quem foi escalado hoje, não tem a garantia de que o será amanhã. Isso fica muito evidente pelas frequentes alterações na escalação das equipes. O futebol se renova a cada dia. A simples ausência em um jogo pode dar chance a outro jogador que está aguardando uma oportunidade, e, assim, o titular do momento pode ver descontinuado o seu trabalho. Para o atleta profissional nada é pior que ficar de fora dos jogos da sua equipe.
Não adiante se o goleador fez três gols numa partida. Se permanecer, na sequência, alguns jogos sem marcar vai ser cobrado e, se se mantiver por mais tempo nessa condição, deixará de ser o ídolo tão decantado pelos torcedores. É o “futebol sem memória” a que se referiu Neymar.
A carreira de jogador de futebol é assim mesmo: muito breve, feita de talento, sorte e oportunidade. Aquele que, dispondo de talento, conseguir aproveitar as chances que lhe forem dadas e tiver a sorte de não se lesionar com frequência, terá mais possibilidade de sucesso profissional e financeiro nessa difícil arte que é jogar de futebol.

Carlos Alberto de Sousa, aposentado

União Brasil deve apoiar candidatura de oposição ao atual governo

O presidente do União Brasil no Estado, ex-senador José Agripino, está intensificando o trabalho para formação de uma forte nominata para a Câmara Federal nas eleições deste ano. Nos meios políticos fala-se nos nomes do vereador Paulinho Freire, atual presidente da Câmara Municipal de Natal, ex-prefeito Leonardo Rêgo e do ex-deputado Henrique Eduardo, na hipótese do filho de Aluízio Alves deixar o MDB. Essa possível nominata, acrescida de outros nomes da política local certamente fortalecerá uma candidatura de oposição à governadora Fátima Bezerra, do PT. O nome mais citado recentemente para governador do Estado é o do atual presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira ou o do deputado Tomba Farias, ambos do PSDB, caso Ezequiel Ferreira não aceite ser o candidato oposicionista. É pertinente, entretanto, lembrar que o ex-senador José Agripino ainda exerce liderança política no Estado e comandará uma sigla nova que poderá ser uma das mais fortes na política do Rio Grande do Norte. Além disso, José Agripino foi prefeito de Natal, governador do Estado e senador da República, tendo, portanto, serviços prestados ao povo do Rio Grande do Norte. Adversário histórico do PT e da atual governadora, o apoio do União Brasil se constituirá num reforço significativo para uma candidatura de oposição nas eleições deste ano.

Fora da federação PT, PV, PC do B, Carlos Alves não pode ser senador de Fátima

O ex-prefeito de Natal, Carlos Alves, do PDT, continua enfrentando dificuldades e resistências para viabilizar suas pretenções de ser o candidato da governadora Fátima Bezerra ao Senado da República nas eleições deste ano. Isso porque vários fatores depõem contra o projeto oportunista do ex-prefeito. Primeiro, são manifestações contrárias a uma candidatura de Carlos Alves por parte dos próprios petistas que o consideram desagregador e inconfiável, notadamente partindo da deputada federal Natália Bonavides e do senador Jean Paul Prates, candidato natural à reeleição que contribuiu sobremaneira com a vitoria de Fátima no momento em que ela mais precisava. Jean, que é um técnico competente, está representando bem o Rio Grande do Norte no Senado e por isso será no mínimo uma ingratidão da governadora substituí-lo por um político carreirista que só pensa nos seus interesses pessoais. Segundo especialistas, o ex-prefeito não poderá ser candidato a senador porque o seu partido – o PDT – não faz parte da federação formada por PT, PV e PC do B. Nessa circunstância, portanto, caso Carlos Alves queira disputar o mandato de senador terá que deixar o PDT, partido que tem Ciro Gomes como pré-candidato à presidência da República, o que se constitui em outro complicador. Pode-se citar como exemplo dessa situação de inviabilidade eleitoral o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que queria se “acoloiar” com o PT na condição de companheiro de chapa do ex-presidente Luiz da Silva (o Lula não existe mais) e foi impedido pela lei eleitoral. Portanto, essa é a situação do ex-prefeito que blefou durante muito tempo, achando-se o maior líder de Natal e agora caminha para o ostracismo político. Política é assim: faltou habilidade e competência, falta oportunidade e, principalmente voto.

Aldo aceita convite de Álvaro e será seu novo líder na Câmara Municipal de Natal

O vereador Aldo Clemente, que é um dos integrantes da nova geração de políticos da capital e do Rio Grande do Norte, aceitou o convite do prefeito Álvaro Dias e será o seu líder na Câmara Municipal de Natal. Aldo Clemente foi eleito no último pleito com mais de 5 mil votos, tornando-se um dos mais votados na eleição de 2020. No exercício do mandato ele tem realizado um bom trabalho em benefício da população natalense, principalmente na elaboração de projetos de interesse social. O vereador Aldo Clemente teve uma participação efetiva na elaboração do novo Plano Diretor de Natal, recentemente sancionado pelo prefeito Álvaro Dias, cujo objetivo é modernizar Natal dando-lhe condições de desenvolvimento e melhoria das condições de vida da população. Na condição de líder do governo Álvaro Dias na Câmara Municipal de Natal o vereador Aldo Clemente encaminhará para discussão e votação, projetos e leis de interesse da coletividade. Um dos vereadores mais assíduos aos trabalhos, Aldo Clemente destaca-se pela participação nas Comissões Técnicas da Casa Legislativa e nos debates em plenário, além de se revelar um bom articulador nos bastidores da política. A decisão do prefeito Álvaro Dias em convidá-lo para ser seu líder, além de reconhecer a competência e o trabalho desenvolvido pelo vereador Aldo Clemente é uma forma de homenagear Caicó, terra onde nasceu o vereador Aldo Clemente, uma das jovens lideranças políticas que surgem no Rio Grande do Norte.

Morte de Wálter Gomes deixa o jornalismo órfão

Minhas homenagens e o meu reconhecimento para um dos melhores jornalistas do Rio Grande do Norte e do Brasil, falecido recentemente: trata-se de Wálter Gomes, profissional sério e competente que conheci na redação de O Jornal de Hoje, veículo de comunicação idealizado pelo jornalista Marcos Aurélio de Sá, que marcou época na imprensa do Rio Grande do Norte. Wálter, assinava a conceituada coluna “Wálter Gomes”, que circulava diariamente. Fui convidado por Wálter para ser seu interino nas segundas-feiras e aceitei sabendo da responsabilidade e do desafio por se tratar de uma missão difícil diante do prestígio que tinha a coluna e o seu titular. Jornalista consagrado com passagens por vários veículos de comunicação, inclusive de projeção nacional, Wálter tinha um texto primoroso que dividia com seus inúmeros leitores. O desafio que recebi tornou-se realidade e a missão cumprida, não com a competência de Wálter Gomes, mas com esforço, dedicação e sempre procurando aprimorar o texto priorizando assuntos da política do Rio Grande do Norte. Recentemente recebemos a notícia da morte de Wálter Gomes em Brasília, deixando o jornalismo mais pobre e privado do talento de Wálter Gomes, um jornalista completo e verdadeiro. Aprendi muito com ele durante o tempo que trabalhamos n’ O Jornal de Hoje sob o comando do também competente Marcos Aurélio de Sá. Amante de um bom vinho, sempre que vinha a Natal nos encontrávamos para uma boa conversa sobre política, particularmente Natal e Mossoró, terra onde nasceu Wálter Gomes. A morte de Wálter deixa o jornalismo órfão e uma lacuna difícil de ser preenchida.