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ELEIÇÃO, GRAÇA E DESGRAÇA

Por Ricardo Sobral, observador político

Leio nas chamadas mídias sociais que o veterano deputado Vivaldo Costa plasmou a nova versão do ” já ganhou” ao declarar que a “eleição ficou sem graça, não há adversário forte” para enfrentar a governadora recandidata.
Experiente, com sucessivos mandatos de deputado, Vivaldo já foi até governador. Não é um neófito. Contudo, se pretendeu agradar a Govenadora, prestou um desserviço à sua candidatura, pois não se pode subestimar adversário em política.
O Rio Grande do Norte está cheio de “governador de férias”, que não tinham adversário e acabaram em desgraça eleitoral, perdendo para “candidato fraco”.
Vivaldo também é médico. Sabe que toda cirurgia, por menor que seja, tem seus riscos.
Assim, se pode dizer das eleições: toda ela tem seu risco.
O grande risco da candidata Fátima é não bater a parada no primeiro turno.
Anotem.
No segundo turno, é outra eleição, pode dar cara ou coroa, inclusive, como no futebol, “de virada”.
O candidato Fábio Dantas tem dois dígitos de preferência do eleitorado.
O Senador Styvenson, encolhido, sem mover uma palha, sem assumir candidatura, também já tem dois dígitos.
Fátima, embora tenha dado um nó, chequemate, no conservadorismo, há um ano vem patinando no terço do eleitorado.
No curso da campanha, estabelecido o contraditório, acirrado o debate, e com o engajamento popular, essas candidaturas de oposição tendem a crescer.
Graça e desgraça em política são vésperas recíprocas.
É por isso que se diz que não se deve ser depressivo nas derrotas, nem eufórico nas vitórias.
No caso do deputado seridoense, preciptadamente, ele está sendo eufórico ante uma expectativa de vitória, que pode se confirmar ou não.
Tem muita água para passar debaixo da ponte, como diz a sabedoria popular.
A política tem seus mistérios insondáveis. Uma velha raposa política dizia que a vida pública era tão boa, que nela, ao contrário da vida real, se pode morrer mais de uma vez.
Depois, quem morre de vésperas é peru no período natalino. Adversário, mesmo não sendo forte, só morre eleitoralmente quando apuradas as urnas.
Noutro bordo, pesquisas são como as nuvens, que estão diferentes toda vez que para elas se olha.
No meu modesto sentir, e sem que isso seja uma antevisão, o gato subiu no telhado.

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