Henrique Eduardo deve se filiar ao PDT e ex-prefeito desagrega sistema petista
O ex-deputado Henrique Eduardo Alves, que é um dos fundadores do então PMDB, atualmente MDB, vai deixar o partido e deve assinar a ficha de filiação do PDT, consolidando assim o seu rompimento político-familiar com o primo Garibaldi Filho e com o deputado Walter Alves, filho do ex-senador, depois de quase 50 anos de convivência nos palanques do PMDB. Walter sente-se traído por Henrique e deverá ser o companheiro de chapa da petista Fátima Bezerra na condição de vice-governador. Henrique, entretanto, contesta os argumentos de Walter e Garibaldi garantindo não ter havido traição, mas circunstâncias da política as vezes inevitáveis, quando deixou de votar em Walter para deputado federal para apoiar Benes Leocádio na última eleição. Agora, Henrique Eduardo junta-se ao ex-prefeito de Natal, Carlos Alves tentando uma aliança com o PT, o que não tem sido fácil porque segmentos do partido não aceitam tantos Alves na chapa com a governadora. O senador Jean Paul Prates, candidato natural à reeleição, não concorda ser substituído na disputa por Carlos Alves, considerado um desagregador do esquema petista. A deputada Natália Bonavides, que também não quer o ex-prefeito na chapa, alega, inclusive, que Carlos fez campanha e votou em Jair Bolsonaro. O ex-prefeito de Natal está sendo responsável por desavenças no PT ao tentar tomar o lugar de Jean Paul Prates, que está reagindo com veemência. O único defensor do nome de Carlos Alves é o vice-governador Antenor Roberto, que sem voto e sem agregar capital eleitoral a chapa de Fátima, deverá ser substituído pelo deputado Walter Alves, do MDB. Ainda no sistema da governadora Fátima Bezerra estão se digladiando por espaço o secretário Jaime Calado e o deputado João Maia, irmão da senadora Zenaide Maia e cunhado de Jaime Calado, que quer disputar mandato de deputado federal, contrariando os desejos de João Maia que quer a reeleição.