Joaquim Pinheiro

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A MONTANHA E O RATO

Por Ricardo Sobral, advogado

Luiz Inácio e Bolsonaro se merecem.

Foram feitos, sob medida, um para o outro.

O Brasil, País, não merece nenhum dos dois. Não terá sossego e paz social com nenhum deles. Está manifestamente dividido. O radicalismo de um alimenta o outro.

O eleitor, todavia, segundo as pesquisas, não quer nada fora da bipolarização, prefere continuar comendo “m” com dois palitos.

Conquanto o “Corvo da Rua do Lavradio” já tenha advertido lá nos anos 60 que estatística (pesquisa) é como menino de recado, diz o que se manda dizer, na realidade, o cenário não é muito diferente do revelado pelas pesquisas: vai ser um dos dois, salvo uma ruptura no tecido político.

30 pariu 46; que pariu 64; que pariu 69; que pariu 85, que pariu o lulopetismo; que pariu o bolsonarismo.

Como filho não nasce sem mãe, em sequencial lúgubre, um não teria existido sem o outro.

Ao nosso genial Cascudinho é atribuída a frase o melhor do Brasil ainda é o brasileiro. Não acredito que tenha dito isto, exceto que seja uma ‘boutade’ cascudiana, após umas geladas na Confeitaria Delícia do português Olívio na velha Ribeira de guerra.

Nesse caso, peço licença ao mestre para trocar o ponto por ponto e vírgula e acrescentar: exceto, quando vai votar.

Em 22 a montanha vai parir um rato?

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