O processo sucessório do Rio Grande do Norte no âmbito do governo petista poderá mudar significativamente com a possível candidatura do secretário Carlos Eduardo Xavier nas eleições do próximo ano.
Considerado um técnico competente, Cadu, como é conhecido, deve aglutinar o sistema do governo em torno do seu nome, mas poderá também, causar efeitos danosos junto a partidos aliados como é o caso do MDB do vice-governador Walter Alves, postulante à reeleição quando Fátima renunciar ao cargo de governadora para se credenciar
a disputar o mandato de senadora ou deputada federal.
Walter Alves ainda não oficializou sua candidatura ao governo mas tem afirmado no particular que será candidato à reeleição. Dentro do sistema governista, leia-se PT, existe um segmento arredio à candidatura de Walter a governador, preferindo alguém do PT, portanto, deixando Walter em segundo plano.
É sabido que historicamente os líderes petistas, tendo à frente Luiz Inácio, não dão vez a quem não é do partido.
Entretanto, a Fátima Bezerra não interessa um rompimento político com o MDB agora, já que ela vai precisar dos votos para se eleger senadora ou deputada federal.
Fatima é “cabreira”, “desarnou” na política e se mantém calada esperando o posicionamento do seu guru, Lula da Silva, sobre a sucessão no Rio Grande do Norte.
É sabido que Lula, gosta do vice-governador Walter Alves, tem um bom relacionamento com ele e deve obrigar o PT local a assumir a candidatura do vice-governador à reeleição, mesmo contrariando seus ensinamentos de não dar vez a quem não é petista.
