Mesmo derrotada, Natália torna-se líder dentro do PT

A deputada Natália Bonavides perdeu a eleição para prefeita de Natal e tornou-se uma líder dentro do seu partido – o PT – e conseguiu nacionalizar o seu nome. Ela é uma liderança emergente do PT e se não fosse uma sectária de “carteirinha”, fiel aos princípios retrógrados da esquerda e particularmente do seu partido, poderia ter um futuro promissor na política do Rio Grande do Norte. Ela é uma forte ameaça à liderança da governadora Fátima Bezerra. É uma jovem inteligente, tem uma boa fluência verbal, e é corajosa, mas perde-se na forma agressiva e debochada de ser. Além disso, Natália cultua o radicalismo extremo, e o chamado “purismo ideológico” que o PT defende, mas pratica o contrário. Ela diz ser contra as oligarquias, entretanto seu partido aliou-se a grupos oligárquicos na última eleição. Não existem dúvidas de que Natália é uma ameaça à liderança e ao protagonismo de Fátima Bezerra no processo político-eleitoral do Rio Grande do Norte, que inclusive prejudicou sua candidatura na última eleição pela baixa aprovação junto ao eleitorado do Rio Grande do Norte, a exemplo do próprio Lula que veio aqui e não acrescentou nada à campanha de Natália. Constata- se nos meios políticos que Luiz Inácio está em flagrante decadência, caminhando para uma breve aposentadoria política. Anotem aí: na próxima eleição, Natália poderá disputar um cargo eletivo importante, que poderá ser o de governadora ou senadora, mas, primeiro precisa agregar, em vez de dispersar. Política se faz com diálogo e entendimento. Styvenson Valentim que o diga.

Oligarquias em extinção no Estado

Essa eleição de 2024 pode marcar um fato histórico da maior relevância no espectro político do Rio Grande do Norte: o fim de um ciclo oligárquico no Estado chamado de Alves, Maia e Rosado. Na família Maia o nome de maior projeção foi o de José Agripino, prefeito de Natal, governador e senador da República, que perdeu a eleição para deputado federal e hoje é presidente do União Brasil. Outros nomes de destaque do clã Maia foram Tarcísio, Lavoisier e Wilma. Aluízio foi o representante maior da família Alves, que tem também Henrique Eduardo com mais de 10 mandatos na Câmara Federal e Carlos Eduardo. Esse último, deputado estadual e prefeito de Natal, uminvenção de Wilma de Faria que depois foi traída por ele e arrependeu-se. Recentemente Carlos Alves foi derrotado para governador, senador e prefeito de Natal no primeiro turno. Agora, fala-se nos meios político que Carlos Eduardo será o chefe de gabinete do futuro prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado. Outro Alves, Garibaldi, teve uma passagem vitoriosa na política mas perdeu a última eleição para o Senado e teve como opção vestir o pijama. Seu filho Walter é vice-governador e está tendo uma sobrevida na política do Rio Grande do Norte, já que é refém da governadora Fátima Bezerra. Uma possível alternativa é Walter disputar uma vaga na Assembleia Legislativa. Comenta-se, entretanto, que Fátima permanecerá no governo até final do seu mandato, já que não está bem nas pesquisas e pode perder numa disputa para o Senado. Os Rosado estão fora da política, pois não tem nenhum deles com mandato eletivo e praticamente foram alijados da vida pública pelo atual prefeito de Mossoró, Alisson Bezerra, um integrante da nova geração de políticos do Estado que seguramente terá futuro e projeção na política estadual.