Futebol: Paixão Doentia
No futebol existem duas particularidades importantes que atraem o torcedor, e por isso, é considerado o esporte mais apaixonante do mundo: o dinamismo e a imprevisibilidade. Mas, a prática esportiva do futebol está sendo ameaçada pela paixão doentia que chega à irracionalidade. Os estádios e seus entornos estão se transformando em “campo de guerra” tantas são as ocorrências de violência e falta de educação de torcedores fanáticos. Sou um assíduo frequentador do Arena das Dunas, mas fico revoltado com o desrespeito, principalmente às crianças acompanhadas dos pais num ambiente que deveria ser de alegria e cordialidade. Mas, não, é de revolta e constrangimento. Pessoas jovens e idosas não controlam o emocional e ficam o tempo todo xingando com palavras desrespeitosas e inadequadas para o momento. Campo de futebol não é lugar para isso. Num flagrante acinte as famílias, aos jogadores , e principalmente aos àrbitros e seus auxiliares. Uma coisa horrível e até bizarra que causa constrangimento e revolta. O futebol arte, praticamente desapareceu, e o que vale atualmente é a força e a velocidade, como se jogadores fossem carregadores de peso ou maratonistas. Não se vê mais o drible de corpo e o lançamento de 30 metros como fazia o genial Gerson, considerado o “canhotinha de ouro”. Cadê os dribles de Tostão, Pelé e Garrincha? Onde estão as “arrancadas” de Jairzinho e a genialidade de Zico? A coisa mudou pra pior. Não se joga mais por amor ao time, mas absurdamente pelo dinheiro. Pelos salários absurdos, cujo maior exemplo é o brasileiro Neymar, que mesmo se reconhecendo ser ele uma raríssima exceção, jogando com chuteiras coloridas, cabelo pintado e corpo tatuado. Acabou.
Cadê o toque sutil e o rebolado do Gil Chocolate, onde está a categoria do craque Pinheiro que ninguém vê mais. Pancada forte e certeira do eficiente Carlos de Jesus. A experiência contundente de meia chamado Luiz Celso. Cadê cadê cadê!!!