Joaquim Pinheiro

A oposição ao governo Fátima Bezerra, do PT, poderá disputar o próximo pleito estadual enfraquecida em razão do anunciado rompimento político entre o senador Rogério Marinho, do PL, e o prefeito Álvaro Dias, do Republicanos. É o que estão prevendo analistas da política do Rio Grande do Norte. Rogério e Álvaro são dois políticos experientes e sabem que historicamente a divisão das oposições favorece quem é governo na disputa eleitoral. Fala-se nos meios políticos que o prefeito de Natal poderá se compor com a governadora Fátima Bezerra, mesmo tendo sido nos últimos tempos um contundente crítico da administração petista. A possível união entre Fátima e Álvaro constaria de um entendimento entre os dois, tendo como fundamentação o aporte de recursos federais para a Prefeitura Natal, permitindo assim, a liberação de verbas para a atual administração municipal. Álvaro Dias pretende disputar o Governo do Estado ou o Senado numa possível composição com Fátima Bezerra, facilitando, assim, o seu novo projeto político. Fátima Bezerra tentará uma vaga no Senado da República. Já o senador Rogério Marinho deverá ser candidato a governador do Estado representando o “bolsonarismo” e fazendo alianças político-eleitorais com forças que representam o centro e a direita. Um nome importante no cenário eleitoral que deve ser ouvido, tanto nas eleição para prefeito quanto na de governador é o do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira de Souza, líder do PSDB no Estado. Ezequiel poderá disputar mandato de senador ou deputado federal, dependendo de alianças e composições que serão feitas com vistas as eleições. Ezequiel tem feito um trabalho de fortalecimento do seu partido, o PSDB, em todo o Estado e a legenda poderá ser decisiva nos próximos dois pleitos que elegerá o futuro prefeito de Natal e o futuro governador do Estado. A governadora Fátima Bezerra precisa ser hábil e competente para resolver problemas conflitantes dentro de seu sistema político, principalmente porque deixará o governo para ser candidata e assumirá o vice, Walter Alves, que pretende ser candidato à reeleição. De certa forma Fátima será refém do governador, que certamente terá interesses contrários aos da futura ex-governadora. A situação de Fátima Bezerra durante o processo sucessório é complexa e delicada, e somente a dinâmica da política se encarregará de resolver.