Atitude desnecessária
A Força Policial é fundamental para manter a ordem e a disciplina em qualquer País do mundo e em qualquer ambiente. Sou admirador e defensor do trabalho da polícia e do Ministério Público até por ser filho de militar e como tal guardo sentimentos de gratidão e respeito a essas instituições, afinal fui criado com a chamada “etapa”, um tipo de compensação financeira destinada às polícias militares no passado, já que na época o salário principal (soldo), era irrisório. Mas, existem atitudes que não podemos concordar. Certamente por decisão do Ministério Público, a Polícia Miliar está recolhendo os rádios portáteis dos torcedores nos Estádios de Futebol, privando assim as pessoas que tem como hábito acompanhar as transmissões esportivas com o radinho ao “pé do ouvido”. Um absurdo isso. A alegação para a decisão extrema é de que o inofensivo rádio pode se transformar numa arma na mão de um vândalo. Em vez de preocupar-se com essa futilidade as autoridades responsáveis deviam aumentar a fiscalização para identificar e punir quem joga o objeto no árbitro ou no seu auxiliar, a exemplo do trabalho que a PM faz para identificar e punir aquele que joga uma lata de cerveja. A atitude do torcedor que ouve os jogos nos estádios com um radinho no ouvido faz parte de uma cultura que deve ser respeitada e preservada. O hábito foi cultuado até pelo ex-presidente Garrastazu Médice, que não largava o seu radinho de pilha nos jogos do Maracanã.
Realmente, proibir o uso de rádios de pilhas nos estádios é uma ideia estapafúrdia. Já é uma marca registrada dos torcedores nos estádios.