PESQUISA COMO FERRAMENTA DE MARKETING
Por Ricardo Sobral, amansador de burro brabo, mestre de canjica e doutor em pirão de peixe.
- Para o jornalista Carlos Lacerda, fundador da Tribuna da Imprensa, e ex-governador da Guanabara, pesquisa é como menino de recado, diz o que se manda dizer.
- O Corvo da rua do Lavradio tem suas razões. Quase tive um infarto essa semana. Ouvi uma moça, formada em pedagogia, declarar que iria votar no candidato “A”, “o mais preparado”. Entretanto, mudou para o candidato “B” pois, segundo as pesquisas, é quem vai ganhar e ela, a pedagoga, não quer perder o voto.
- A declaração de voto em comento doeu-me mais do que o golpe da espada que atingiu Andrezinho de Cunhaú em 1817.
- Angustiei-me! O coração apertou. Passei mal. Fiquei imaginando as legiões de analfabetos políticos e funcionais, e da clientela das esmolas institucionais, desprovidas de senso crítico para fazer uma escolha consciente.
- Bebi água, mediquei-me, respirei fundo, relaxei e tomei uma decisão: até domingo, não leio mais “pesquisas”, nem “notícias” sobre a eleição.
- Ora, sou um pingo d’água no oceano. A escolha do Presidente é um problema de 220 milhões de pessoas. Eu não posso resolver sozinho essa equação. Em verdade, não posso resolver nem mesmo alguns dos meus problemas pessoais. Doravante, preocupação zero. Vou fazer a minha parte: exercer a cidadania. O MUNDO que se exploda, pois eu não me chamo RaiMUNDO.