Poderá Ser Tarde Demais
O ex-prefeito de Natal, Carlos Alves, do PDT, continua indeciso, inseguro e confuso com relação ao cargo que disputará no próximo ano e em consequência com o seu futuro político. Em entrevista à uma rádio de Parnamirim, publicada no jornal AgoraRN o pedetista comete uma série de contradições, demonstrando assim, que está blefando. Ele evidência um termo que gosta de usar nas suas declarações: bravata. Ainda durante a entrevista, ele admite que pode ser adversário da governadora Fátima Bezerra, do PT, ou até mesmo está acoloiada com ela na condição de candidato a senador. “Quero sentar na cadeira de Fátima”, diz ele. Em determinados momentos Carlos Alves critica a administração da governadora e em outros, elogia a petista lembrando que já esteva ao seu lado em campanhas passadas. “Político que não dialoga fica só”, diz ele, reproduzindo um comportamento que teve ao longo da sua vida pública. Tardiamente, o ex-prefeito afirma que agora quer atrair aliados e fazer alianças. Só que essa mudança de comportamento pode ser tarde demais e ele permaneça sozinho como sempre esteve. Carlos Alves entrou na vida pública através de Garibaldi Filho, mas abandonou a família para ficar ao lado de Wilma de Faria, que o fez vice-prefeito e depois prefeito de Natal. Traiu Wilma, também. Teve uma sobrevida como prefeito, mas em seguida perdeu duas eleições para governador, o que demonstra não ser conhecido no interior do Estado nem ter liderança própria. É um pseudo líder fabricado por Wilma. Questionado sobre o prefeito Álvaro Dias, o ex-prefeito limitou-se a dizer o seguinte: “Álvaro tomou o rumo dele”. Carlos Alves é tido como um político prepotente, ingrato e desatencioso, inclusive com correligionários e aliados, mas agora tenta mudar fazendo viagens e tendo encontros no interior do Estado para cata de votos com vistas as eleições de 2022. Poderá ser tarde demais.